Como estamos
chegando perto da data (21/12/12) que os maias previram o fim do mundo estou
postando algumas teorias sobre de qual forma o mundo pode acabar mais calma já
falaram tantas vezes que o mundo iria acabar ( 1998,2000,2011,2012....) e não
acabou,não se desespere porque só o tempo dirá oque vai acontecer. Então Desde
que o mundo é mundo, vira e mexe ele acaba. Pior: o planeta tem data para
morrer. Mesmo que a humanidade evite guerra nuclear, aquecimento global ou o
que for e sobreviva a pancadas com asteroides, novas eras glaciais ou invasões
alienígenas, o fato é que já estamos perto do fim da linha - geologicamente
falando, pelo menos. Se o planeta fosse uma pessoa com a expectativa de vida na
casa dos 80 anos, neste momento ele seria um senhor de 66.
A Terra
nasceu há 4,6 bilhões de anos. Quando chegar aos 5,6 bilhões, porém, será um
planeta morto. A vida por aqui tem só mais 1 bilhão de anos pela frente, e isso
na mais estupidamente otimista das hipóteses. É que o Sol vai estar mais forte
e brilhante lá na frente e vai fazer evaporar todos os oceanos da Terra. Isso, por
sua vez, causará um efeito estufa ainda mais devastador, tornando o planeta
inteiro um inferno escaldante. Mas dificilmente vamos chegar até lá e
testemunhar esse cenário. A vida na Terra praticamente acabou 5 vezes. Isso só
no último meio bilhão de anos. A mais conhecida dessas fases de extinção em massa
aconteceu há 65 milhões de anos. As vítimas mais famosas você conhece bem: os
dinossauros. Já a extinção mais severa foi há 251 milhões de anos, matando 83%
de todos os gêneros de espécies existentes então.
As criaturas
que hoje habitam a Terra são apenas uma pequena fração de todas que já
existiram. E as razões para seu sumiço são as mais diversas. A maior
probabilidade, então, é que o mundo vai acabar temporariamente diversas vezes
nos próximos milhões de anos - e muito provavelmente levar a gente junto.
Dependendo da causa, pode até mesmo acontecer em breve. Veja agora as 12
teorias mais prováveis para acabar com a brincadeira da vida neste nosso
pequeno canto da galáxia.
Finais mais prováveis
Asteroides
A ameaça é real. Um asteroide pode colidir com a Terra e acabar com a gente. Ou melhor, acabar com quase tudo. Os astrônomos estimam que existam cerca de 1,1 mil desses bólidos com 1 km de diâmetro ou mais passando rotineiramente pelas redondezas da Terra - todos com o potencial de causar uma catástrofe planetária. Astrônomos têm trabalhado duro para descobrir esses objetos - já foram encontrados cerca de 800. O Brasil também está engajado nessa busca, com um telescópio instalado em Pernambuco, cujo objetivo é justamente monitorar esses pedregulhos. E acompanhá-los é preciso, embora não muitos astrônomos façam esse esforço após a descoberta inicial.
O problema é que o mundo dá voltas. Ou melhor, os mundos dão voltas. Enquanto giram ao redor do Sol, como são relativamente pequenos, os asteroides podem mudar de órbita e aí entrar em rota de colisão com a gente. Daniela trabalha na busca e na caracterização desses bólidos - para se certificar de que eles não vão mesmo trombar com a Terra. De toda forma, sempre há o risco de um objeto ser descoberto em cima da hora em rota de colisão - e não haver tempo para tomar alguma medida, como lançar uma bomba atômica que desvie a rota do objeto.
Ser atingido por um asteroide, enfim, é um método testado e aprovado para o extermínio em massa, que o digam os dinossauros, extintos numa pancada com um pedregulho de 10 km de diâmetro 65 milhões de anos atrás. Se um episódio similar acontecesse hoje, seria o fim para nós também. O problema não é tanto o impacto em si, que é localizado, mas as consequências dele. Sobem trilhões de toneladas de poeira na atmosfera e a luz do Sol é bloqueada por meses. As plantas morrem. Sem o pasto, o que o boi vai comer? E, sem o gado, o que será das churrascarias rodízio? Você entendeu a ideia... A estimativa dos cientistas sobre a frequência de impactos realmente catastróficos varia bem - os intervalos podem ser largos (a cada 1 bilhão de anos) ou nem tanto (a cada 100 milhões de anos). Mas o que passa o recado de forma ainda mais clara vem lá de cima: vira e mexe, os astrônomos encontram um asteroide que passou ou passará raspando pela Terra. E é como no futebol. O sujeito chuta uma bola na trave, duas, três... Uma hora sai o gol
O problema é que o mundo dá voltas. Ou melhor, os mundos dão voltas. Enquanto giram ao redor do Sol, como são relativamente pequenos, os asteroides podem mudar de órbita e aí entrar em rota de colisão com a gente. Daniela trabalha na busca e na caracterização desses bólidos - para se certificar de que eles não vão mesmo trombar com a Terra. De toda forma, sempre há o risco de um objeto ser descoberto em cima da hora em rota de colisão - e não haver tempo para tomar alguma medida, como lançar uma bomba atômica que desvie a rota do objeto.
Ser atingido por um asteroide, enfim, é um método testado e aprovado para o extermínio em massa, que o digam os dinossauros, extintos numa pancada com um pedregulho de 10 km de diâmetro 65 milhões de anos atrás. Se um episódio similar acontecesse hoje, seria o fim para nós também. O problema não é tanto o impacto em si, que é localizado, mas as consequências dele. Sobem trilhões de toneladas de poeira na atmosfera e a luz do Sol é bloqueada por meses. As plantas morrem. Sem o pasto, o que o boi vai comer? E, sem o gado, o que será das churrascarias rodízio? Você entendeu a ideia... A estimativa dos cientistas sobre a frequência de impactos realmente catastróficos varia bem - os intervalos podem ser largos (a cada 1 bilhão de anos) ou nem tanto (a cada 100 milhões de anos). Mas o que passa o recado de forma ainda mais clara vem lá de cima: vira e mexe, os astrônomos encontram um asteroide que passou ou passará raspando pela Terra. E é como no futebol. O sujeito chuta uma bola na trave, duas, três... Uma hora sai o gol
Nova guerra fria
Há 22 mil ogivas nucleares no mundo. Os donos dos maiores arsenais continuam sendo Estados Unidos e Rússia. Mas, como a Guerra Fria congelou faz tempo, o risco de uma catástrofe atômica acabou, certo? Errado. O problema é que neste momento vários países não exatamente amigáveis andam desenvolvendo suas próprias armas nucleares, caso do Irã. Se o país anunciar que tem a bomba, ele dará início a uma corrida nuclear em todo o Oriente Médio, que já é um barril de pólvora hoje. Se começa uma guerra fria por lá, a chance de que ela esquente é real. E ainda existe a hipótese de que algum grupo terrorista arranje suas próprias ogivas. Daí para uma guerra global suicida, pode ser um pulo.
Super-vulcões
Quando um vulcão no Chile ou na Islândia começa a soltar cinzas no ar, já é um transtorno. Mas tudo isso é fichinha perto do que podem fazer os supervulcões. Um supervulcão é tão grande que nem dá para ver. A boca dele fica no chão e está coberta de terra. E que boca: caberia uma cidade inteira dentro dela.
Imagina-se que o famoso parque americano Yellowstone seja todo ele a boca de um supervulcão, ainda que coberta de terra, e que haja outros na Indonésia e na Nova Zelândia. "Caso um deles entrasse em erupção, recobriria sua região do globo de cinzas em questão de horas", diz Bindeman, indicando que, nos Estados Unidos, isso aconteceu pelo menos 4 vezes nos últimos 2 milhões de anos. A última há 640 mil anos, e nada impede que a próxima aconteça em breve. O maior problema é que as erupções afetam dramaticamente o clima e alteram a composição da atmosfera.
Sol Infernal
Esse é o fim certo da vida na Terra. O Sol, muito
gradualmente, vai se tornando mais quente com o passar do tempo. No passado,
era mais frio. No futuro, estará mais ativo. Em cerca de 1 bilhão de anos, a
história será outra. O aumento da radiação solar provocará a evaporação de toda
a água da Terra. O acúmulo de vapor aumentará ainda mais a temperatura e
terminaremos não muito diferentes de Vênus, com temperaturas de 400 °C. Depois
vai piorar. Quando o Sol chegar ao fim de sua vida, daqui a 7 bilhões de anos,
ele vai crescer até ocupar 3/4 do céu. Será tanto calor que as montanhas
derreterão. E depois o Sol aumenta mais um pouquinho, engolindo a Terra. A
única saída seria ir empurrando o planeta para cada vez mais longe do Sol, no
mesmo ritmo em que ele esquentasse.
Finais Plausíveis
Adeus, campo magnético
Parece
estranho, mas a vida na Terra depende do campo magnético do planeta. Sem ele,
nosso DNA acabaria danificado. E provavelmente deixaríamos de existir.
O campo
magnético da Terra é uma entidade bacana: faz com que todas as bússolas apontem
para o norte. Sem ele (ou seja, sem as bússolas), as Grandes Navegações do
século 16 teriam acontecido séculos mais tarde. E hoje este texto talvez não
estivesse em português. Mais: diversas espécies migratórias evoluíram com um
sexto sentido capaz de detectar o campo magnético para guiar suas rotas de
viagem. Mas hoje, que o GPS substituiu a bússola, ele é pouco mais que uma
curiosidade, não? Supervírus
Imagine um vírus letal como o HIV, mas que se espalha fácil como o da gripe. Se a natureza não produzir um por conta própria, nós poderemos fazer por conta própria. A possibilidade de combinar a engenharia genética ao arsenal de organizações terroristas é mais que especulação. Com a tecnologia de hoje, dá para fabricar vírus terríveis usando o código genético deles. Para provar que dá pé, pesquisadores da Universidade de Nova York criaram do zero um novo vírus da pólio. A mesma técnica tem como ser aplicada a vírus mais violentos, capazes de virar armas biológicas, caso do da varíola. "Nosso trabalho serve como prova do que pode ser feito", afirma Jeronimo Cello, um dos autores do estudo. E, quando uma armar pode ser feita, alguém acaba fazendo.
Estufão
Você até já enjoou de ouvir falar em aquecimento global, o fato de que o mundo deve esquentar 4 ou 5 °C nos próximos 100 anos. Ok. Mas e se forem 400 °C? É o que o efeito estufa causou em Vênus, onde faz 480 °C. À noite... Isso pode acontecer aqui? "A humanidade está engajada num experimento maciço e descontrolado no clima terrestre", afirma o biólogo David Grinspoon, um especialista em estudos planetários. "A investigação de Vênus deu aos cientistas novos lampejos sobre como responder a uma questão básica: quão estável é o clima terrestre?" A resposta mais confiável até agora: não sabemos.
Se for só
isso, não é nada dramático. Apenas algumas aves vão sofrer um pouco para se
adaptar, mas não estaremos diante de uma catástrofe. Mas a hipótese de que o
campo magnético da Terra seja desligado de vez no futuro não pode ser
completamente afastada. De fato: há evidências de que esses campos magnéticos
não duram mesmo para sempre. Em Marte, por exemplo, é possível detectar sinais
de que já houve um. Mas hoje nem sinal dele. Essa é uma das razões de haver
tanta radiação na superfície lá - e nenhuma (ou quase nenhuma) vida.
Finais Esdrúxulos (Bizarros)
Envenenamento da atmosfera
Imagine que a evolução da vida na Terra acabe por produzir uma bactéria que emita uma substância altamente tóxica, letal a quase todas as formas de vida. Esse gás iria se acumulando na atmosfera e, em questão de tempo, envenenaria completamente o ar, levando a uma onda global de extinções - o fim da humanidade incluído. Fantasia? Pois saiba que já aconteceu, e nós só herdamos o planeta por causa disso, até. Cerca de 3,5 bilhões de anos atrás, a vida já dava seus primeiros passos seguros no planeta. E foi nessa época que surgiram as primeiras criaturas capazes de fazer a fotossíntese. Hoje, achamos a capacidade de converter a luz do Sol e o gás carbônico em oxigênio uma coisa linda. Naquela ocasião, contudo, a novidade não foi apreciada. A imensa maioria das bactérias primitivas não queria nada com o oxigênio. Elas haviam nascido e evoluído num ambiente livre desse gás. Então, quando tiveram de encará-lo na atmosfera, foi... digamos que foi uma aula prática de darwinismo. Aquilo era veneno para elas. Talvez você não se sensibilize com o sumiço de bactérias, mas vale dizer que elas eram tudo que existia na Terra naquela época. E o dramático é que o aumento da quantidade de oxigênio, do zero para os 20% da atmosfera que vemos hoje, parece ter acontecido bem rapidamente. Foi bom para os poucos micro-organismos que aprenderam a tirar energia do oxigênio - caso dos nossos antepassados unicelulares, que deram origem não só à gente como também a todas as outras formas de vida - das bactérias modernas aos peixes, lagartos e gorilas, todos nossos parentes. E fãs de oxigênio. Mas foi péssimo para a maior parte da vida da época, claro.
Os responsáveis por lançar esse veneno no ar foram os antepassados das plantas - algas microscópicas que faziam a fotossíntese. Mas não foram só elas as reponsáveis. Por centenas de milhões de anos, o oxigênio que elas produziam era simplesmente absorvido pelas rochas - é o que acontece quando a lataria do seu carro enferruja: o aço suga oxigênio, ele "oxida". Mas uma hora esse processo diminuiu drasticamente, e boa parte do oxigênio que as algas produziam ficou livre no ar. O motivo? "Rochas antigas estão ajudando a produzir um quadro de como isso se deu", afirma Lee Kump, geólogo da Universidade Estadual da Pensilvânia. Aparentemente, vulcões levaram ao solo rochas já altamente oxidadas, incapazes de absorver mais do elemento. Ok. Mas é possível acontecer outro envenenamento global como esse? A evolução não é previsível, mas, em momentos de grandes mudanças ambientais, ela costuma se acelerar. Há um ano, inclusive, pesquisadores da Nasa descobriram uma forma de vida que se alimenta de arsênico, um veneno. Era só uma bactéria. Mas nossos antepassados respiradores de oxigênio também eram.
Bilhar estelar
O Universo parece até um lugar relativamente organizado, quando contemplamos belas imagens do espaço. Pois ele é tudo, menos isso. O tempo todo coisas estão se chocando umas com as outras. A probabilidade de uma estrela colidir com o Sol, enquanto ambos giram em sua órbita ao redor do centro da Via Láctea, é baixíssima. Mas não é preciso que elas batam para fazer o estrago. Se uma estrela passar relativamente perto da outra, pode ser o suficiente para desestabilizar a órbita dos planetas - a Terra incluída. Seria sem dúvida o fim para nós. "Um evento desses costuma acontecer na nossa região da galáxia a cada 10 mil anos", destaca Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Universidade do Vale do Paraíba, em São José dos Campos. "Mas, como a área em que está o Sol é relativamente vazia, o risco é menor." O que não quer dizer inexistente.
Supernova
São os eventos mais energéticos do Universo. Quando uma estrela se torna supernova (ou seja, explode), ela brilha mais que uma galáxia. Na Via Láctea, pipoca uma dessas a cada 100 anos. Se uma acontecesse perto de nós, a energia da explosão poderia acabar conosco. Se não destruindo o planeta inteiro, pelo menos banhando-o em tanta radiação que nenhuma forma de vida poderia resistir. E o pior: há uma estrela dupla, chamada Eta Carinae, que está a 7,5 mil anos-luz de distância e prestes a explodir. É próximo o bastante para causar estragos na Terra, caso ela emita uma rajada de raios extremamente energéticos em nossa direção. Agora, uma ressalva: "prestes", em astronomia, é nos próximos 30 mil anos.
A lei da natureza
"Somos a coisa mais fantástica que a Terra já produziu. Ninguém, nenhuma outra forma de vida, pode com a gente." Se entrevistássemos um tubarão, ele poderia muito bem declarar isso. Tubarões são o suprassumo da predação, o topo da cadeia alimentar. O que eles não sabem é que existe uma espécie surgida há apenas 200 mil anos e que nos últimos 100 agregou tecnologia o bastante para varrer todos os tubarões da face da Terra se assim julgar necessário. Por isso mesmo, somos tão vaidosos quanto os tubarões poderiam ser. Então achamos que pode acontecer qualquer coisa, menos sermos eliminados por um predador. Estamos errados. Mas, por ora, a despeito de todas as ameaças, dá para acreditar que o nosso mundo aguenta as pontas por um bom tempo.
Postagem,imagens e texto: @KioLimaFinais Esdrúxulos (Bizarros)
Envenenamento da atmosfera
Imagine que a evolução da vida na Terra acabe por produzir uma bactéria que emita uma substância altamente tóxica, letal a quase todas as formas de vida. Esse gás iria se acumulando na atmosfera e, em questão de tempo, envenenaria completamente o ar, levando a uma onda global de extinções - o fim da humanidade incluído. Fantasia? Pois saiba que já aconteceu, e nós só herdamos o planeta por causa disso, até. Cerca de 3,5 bilhões de anos atrás, a vida já dava seus primeiros passos seguros no planeta. E foi nessa época que surgiram as primeiras criaturas capazes de fazer a fotossíntese. Hoje, achamos a capacidade de converter a luz do Sol e o gás carbônico em oxigênio uma coisa linda. Naquela ocasião, contudo, a novidade não foi apreciada. A imensa maioria das bactérias primitivas não queria nada com o oxigênio. Elas haviam nascido e evoluído num ambiente livre desse gás. Então, quando tiveram de encará-lo na atmosfera, foi... digamos que foi uma aula prática de darwinismo. Aquilo era veneno para elas. Talvez você não se sensibilize com o sumiço de bactérias, mas vale dizer que elas eram tudo que existia na Terra naquela época. E o dramático é que o aumento da quantidade de oxigênio, do zero para os 20% da atmosfera que vemos hoje, parece ter acontecido bem rapidamente. Foi bom para os poucos micro-organismos que aprenderam a tirar energia do oxigênio - caso dos nossos antepassados unicelulares, que deram origem não só à gente como também a todas as outras formas de vida - das bactérias modernas aos peixes, lagartos e gorilas, todos nossos parentes. E fãs de oxigênio. Mas foi péssimo para a maior parte da vida da época, claro.
Os responsáveis por lançar esse veneno no ar foram os antepassados das plantas - algas microscópicas que faziam a fotossíntese. Mas não foram só elas as reponsáveis. Por centenas de milhões de anos, o oxigênio que elas produziam era simplesmente absorvido pelas rochas - é o que acontece quando a lataria do seu carro enferruja: o aço suga oxigênio, ele "oxida". Mas uma hora esse processo diminuiu drasticamente, e boa parte do oxigênio que as algas produziam ficou livre no ar. O motivo? "Rochas antigas estão ajudando a produzir um quadro de como isso se deu", afirma Lee Kump, geólogo da Universidade Estadual da Pensilvânia. Aparentemente, vulcões levaram ao solo rochas já altamente oxidadas, incapazes de absorver mais do elemento. Ok. Mas é possível acontecer outro envenenamento global como esse? A evolução não é previsível, mas, em momentos de grandes mudanças ambientais, ela costuma se acelerar. Há um ano, inclusive, pesquisadores da Nasa descobriram uma forma de vida que se alimenta de arsênico, um veneno. Era só uma bactéria. Mas nossos antepassados respiradores de oxigênio também eram.
Bilhar estelar
O Universo parece até um lugar relativamente organizado, quando contemplamos belas imagens do espaço. Pois ele é tudo, menos isso. O tempo todo coisas estão se chocando umas com as outras. A probabilidade de uma estrela colidir com o Sol, enquanto ambos giram em sua órbita ao redor do centro da Via Láctea, é baixíssima. Mas não é preciso que elas batam para fazer o estrago. Se uma estrela passar relativamente perto da outra, pode ser o suficiente para desestabilizar a órbita dos planetas - a Terra incluída. Seria sem dúvida o fim para nós. "Um evento desses costuma acontecer na nossa região da galáxia a cada 10 mil anos", destaca Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Universidade do Vale do Paraíba, em São José dos Campos. "Mas, como a área em que está o Sol é relativamente vazia, o risco é menor." O que não quer dizer inexistente.
Supernova
São os eventos mais energéticos do Universo. Quando uma estrela se torna supernova (ou seja, explode), ela brilha mais que uma galáxia. Na Via Láctea, pipoca uma dessas a cada 100 anos. Se uma acontecesse perto de nós, a energia da explosão poderia acabar conosco. Se não destruindo o planeta inteiro, pelo menos banhando-o em tanta radiação que nenhuma forma de vida poderia resistir. E o pior: há uma estrela dupla, chamada Eta Carinae, que está a 7,5 mil anos-luz de distância e prestes a explodir. É próximo o bastante para causar estragos na Terra, caso ela emita uma rajada de raios extremamente energéticos em nossa direção. Agora, uma ressalva: "prestes", em astronomia, é nos próximos 30 mil anos.
A lei da natureza
"Somos a coisa mais fantástica que a Terra já produziu. Ninguém, nenhuma outra forma de vida, pode com a gente." Se entrevistássemos um tubarão, ele poderia muito bem declarar isso. Tubarões são o suprassumo da predação, o topo da cadeia alimentar. O que eles não sabem é que existe uma espécie surgida há apenas 200 mil anos e que nos últimos 100 agregou tecnologia o bastante para varrer todos os tubarões da face da Terra se assim julgar necessário. Por isso mesmo, somos tão vaidosos quanto os tubarões poderiam ser. Então achamos que pode acontecer qualquer coisa, menos sermos eliminados por um predador. Estamos errados. Mas, por ora, a despeito de todas as ameaças, dá para acreditar que o nosso mundo aguenta as pontas por um bom tempo.
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